segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Quando o passado não se apaga

Quando menos se espera, lá vem as imagens e as lembranças do passado a nos assombrar.. Quem não sabe o que é isso. Eu nem me importo que as lembranças me apareçam. Desde que não me tragam o sofrimento que esta me traz. Ainda hoje podirias estar aqui do meu lado, a ver-me crescer, a ver algumas coisas que sonho a realizar-se e outras a desmoronar-se sem volta a dar. Mas a estares aqui já me dava mais alento. A ver o teu maior sonho a dar frutos. Mas não estás, tudo porque aquela peste maldita te levou e tu não tiveste forças para lutar contra isso. Quando dizem que desististe da vida, coisa que tambem acreditei durante muito tempo, agora vejo que não foi assim, de agora dos meus 21 anos, percebo que o teu sofrimento é que te levou a desistir. Todo o sofrimento doloroso que passaste, e que te tentamos ajudar e que ninguem conseguiu. Avô, podes não estar mais neste mundo, pode já terem passado 4 anos( e por vezes quando fechos os olhos revejo tudo o que passamos tão claramente com a tua partida) mas eu nunca, nunca vou deixar de pensar em ti. És e sempre serás o meu AVÔ, do bigode grande e que só me enchia de mimos. Nunca me esqueço de estar com a avó e de me trazeres morangos e cerejas, nem quando fui mordida pelo cão e que por mim desapareceu. Quando eu não queria nada e me obrigavas a trazer nem que fosse uma pastilha. Mas não sou só eu que sinto a tua falta, que tenho esta saudade marcada do meu peito e que custa em diminuir, quantas vezes o teu nome surge nas conversas aqui de casa. E se o avô... E se hoje choro a lembrar-me de ti é porque não há nada nesta vida como ter um avô na nossa vida e que táo abruptamente se perde.

Não podia começar este meu diário, ou seja lá o que for, sem falar da pessoa que foi tão importante para mim e que já não está junto a mim para ver os meus sucessos. e porque quando for avó e mãe quero ser como tu eras para todos nós.

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